quinta-feira, 30 de abril de 2009

mais uma receita

Voltei.

Outro dia, inventei uma receita para contentar os vegs da família. Agradou, e muito. Reclamaram, como sempre, porque era pouco, mas prometi repetir a dose. Melhor: vou passar a receita para que eles façam.

PARMENTIER DE ALHO-PORÓ

Da massa de batata, eu dei a fórmula dia 15 de outubro de ... 2007

Recheio
Ingredientes: 4 alhos-poró
meia cebola média picada
um dente de alho amassado
um pouco de azeite para refogar
um cubo de caldo de legumes knorr
sal à gosto
Modo de fazer

Lavar bem o alho-poró e cortá-lo em fatia finas.
Refogar a cebola e o alho no azeite, sem deixar dourar. Juntar o alho-poró picadinho, um pouco de sal, o cubo de legumes e, mais ou menos, um copo de água.
Tampar a panela e deixar cozinhar em fogo brando, até que o alho-poró fique bem macio.

Deixar esfriar antes de usar como recheio da torta.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

cajun

*
Saudades de NoLa, Nolins, New Orleans, Nova Orleans em bom português. Uma das cidades mais interessantes que já conheci. É o que os americanos chamam de melting pot, um caldeirão de culturas - francesa, espanhola, inglesa, africana, indígena. O resultado, naturalmente, é um povo de tradições ecléticas, donde sobressaem: a religião - católica com fortes influências de religiões africanas, mais ou menos como em Salvador, Bahia; a música, riquíssima - blues e zydeco, entre outras. O zydeco é a música dos bayous, quer dizer, dos pântanos do sul do Mississipi e da Louisiana, quando vozes de um francês ou de um inglês antigos são acompanhadas por sanfona e rabecas.

O povo de New Orleans é um povo alegre, ou era, antes do Katrina,é claro, e o seu carnaval é famoso, principalmente pelos "trios elétricos" e por seu Mardi Gras. Uma coisa que chama a atenção é que as mulheres, as mais velhas, geralmente negras, gordas e simpáticas, parecem estar fantasiadas durante o ano todo, tal a extravagância e o brilho de suas roupas.

E a culinária! É, sem dúvida, a mais marcante de todas que conheci durante minhas viagens. Desde o poor boy - po boy como dizem os nativos, até os magníficos gumbos (ensopado de frango e quiabo) e jambalayas (mistura deliciosa de frutos do mar), são todos pratos que deixam lembranças eternas em nossas mentes e papilas gustativas. O Po Boy é um sanduiche de não menos de 30cm de comprimento, cujo recheio é "tudo de bom" (Ai!), uma quantidade e uma variedade que é de espantar quem experimenta pela primeira vez. Como diz o nome, é a refeição, o fast food dos menos favorecidos economicamente, mas que riqueza...

Essa cozinha esplêndida é valorizada e diferenciada pelo tempero cajum. Assim como o curry "assina" a cozinha indiana, ou asiática, o tempero cajun marca os pratos da Louisiana e a sua receita é o motivo de toda essa minha digressão, dessa filastroca, né Di? Esta fórmula foi passada pra mim pela Ge, que, creio eu, aprendeu in loco. Então, vamos a ela.

TEMPERO CAJUN

Ingredientes

15gr de alho em pó
15gr de cebola em pó
10gr de pimenta do reino branca
10gr de pimenta do reino preta
7,5gr (uma pitada) de pimenta cayenne (ou chili)
10gr de tomilho
10gr de orégano

Modo de fazer

Amassar caprichosamente todos os ingredientes em um pilão ou, senão, misturar tudo muito bem e passar no liquidificador. Guardar em um vidro bem fechado.

Usar, comedidamente, de acordo com a resistência de sua língua às pimentas, em molhos, carnes assadas e churrascos e em preparo de frutos do mar.

quinta-feira, 6 de março de 2008

considerações não culinárias

*
Cozinhar para mim não é apenas preparar pratos. É pensar, é me deliciar com a reunião de pessoas queridas, é descobrir sabores, cheiros, etc.

Pensar, que eu digo, é me desligar dos problemas cotidianos e me preocupar com tempêros, ingredientes, técnicas e "gadgets" de cozinha e prazer sensorial.

Às vezes, no entanto, há coisas que tomam conta do pensamento, não como fatos isolados, mas como sintomas de algo universal. Principalmente quando essas coisas têm aroma e sabor desagradáveis.

Nestes últimos dias, o que tem me intrigado são os assuntos embriões e células-tronco, o início da vida. O problema ético-social e o dogmatismo religioso ligados a esses assuntos me parecem se revestir de uma grande hipocrisia, como se a igreja e a sociedade laica nunca fossem culpadas por extermínio de vidas humanas; esse desprezo pela vida alheia é histórico e altamente documentado - inquisições e guerras pragmáticas (e há outras?).

Como pode uma sociedade tão selvagem como a humana ter esse prurido ético, enquanto as mais violentas degradações ocorrem sem que se ergam polêmicas maiores?

A vida de um ser miserável, não respeitado, sem direito a justiça, saúde, educação, etc. não vale nada numa sociedade como a nossa, mas, a protovida de uma célula congelada, que nunca viverá para apagar as velinhas de um bolo de aniversário, ah! essa é divina, é algo sagrado...

Gosto mais da grande preocupação em saber quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete.

Deixemos essa ninharias de lado e vamos a uma receita.

Passei um fim de semana em Ubatuba, com nossos amigos Marinês e Miguel, e me lembrei da receita da paella deliciosa da Marinês. Aqui vai ela:

Paella

Ingredientes e Modo de fazer

15 pedaços de frango - coxa, sobre-coxa e peito.
Ponha dois dedos de óleo numa panela e frite o frango até dourar.
Junte uma cebola grande picada, 1/2 pimentão vermelho e 1/2 pimentão verde picados, 2
ou 3 dentes de alho, a polpa de 6 tomates, pimenta e sal à gosto.
Deixe cozinhar o frango até o tomate desmanchar.

Separadamente cozinhe 1 quilo de camarões graúdos com sal, cebola e louro. Guarde o caldo.

Junte ao refogado do frango: arroz - 1 xícara para cada 2 pessoas, mais uma
1/2 quilo de lulas picadas
mariscos e vôngoles
1 c. de café de canela em pó
açafrão
1 quilo de camarões miudos
a água do cozimento dos camarões

Mexa, prove o sal e deixe cozinhar destampado.

Quando tiver um dedo de água, apagar o fogo, tampar bem e deixar secar.

Tire as cascas dos pimentões, corte-os em tiras e arrume-os na paella, alternando-os com os camarões.

Esta é uma receita que respeito muito. Por que?
Porque é deliciosa e porque minha amiga me passou uma receita tradicional de sua família catalã. Brigada Marinês!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

algo sobre colesterol

*
Algumas poucas consideraçôes sobre o consumo de colesterol.

Creio que toda pessoa que gosta de cozinhar e de comer deve se preocupar com o que consome. Entre tantos problemas dietéticos, o colesterol é o grande "bicho papão".

O importante não é apenas evitar alimentos ricos em colesterol, como carnes gordas, leite integral, óleo de coco, cremes, etc. Alguns alimentos têm um alto teor de fibras solúveis que reduzem o nível do colesterol nocivo, o LDL (lipoproteina de baixa densidade), como por exemplo farelo de aveia, farinha de trigo integral, feijão, ervilha, etc. A pectina encontrada em maçãs e outras frutas, também reduz o colesterol assim como, aparentemente, a proteina da soja.

Duas ou três porções por semana de salmão, sardinha,e outros peixes de água fria, diminuem o risco de ataques cardíacos e de avc, pois são ricos em ômega3 que é benéfico no metabolismo das gorduras.

Colesterol sobre contrôle

Alimentos que podem elevar o índice de colesterol

- margarina
- carnes ricas em gordura
- bisteca de porco
- hamburguer industrializado
- bacon, salame, salsicha e outros frios
- biscoitos industrializados
- bolos, massa folhada, especialmente os preparados à base de óleo de coco
- nata de leite

Alimentos que podem reduzir o colesterol

- pão integral, pão de centeio e grãos variados
- flocos de aveia e compostos de cereais
- frutas com maçã, laranja, banana, pera
- frutas secas como damasco, figo e ameixa
- nozes, amêndoas, castanha de caju
- vegetais como cebola, alho, feijão, ervilha e outras leguminosas

Óleos e Azeite

Óleo de soja ou de girassol: suportam altas temperaturas sem sofrer alterações; são portanto os melhores óleos para fritura.

Óleo de milho ou canola: alteram-se com temperaturas altas. Devem ser usados em refogados.

Azeites: devem ser guardados ao abrigo de luz e calor e por isso são preferíveis as embalagens de lata às de vidro. São mais saudáveis se consumidos frios. Não devem ser usados no preparo de refogados. O ideal é, depois do prato preparado, regar-se com um fio de azeite frio. Suportam melhor o forno do que a fritura mas, de qualquer forma, são mais saudáveis em temperatura ambiente.

Não pretendi, com este texto, desvendar algo que ninguem sabia. Quiz apenas sistematizar algo que os gourmês e os gourmands devem ter sempre em mente.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Depois de um longo e caloroso inverno

*
Voltei da Europa muito decepcionada com os restaurantes. Cheguei a pensar em um complô internacional com intenção de arruinar nossa viagem. Ge e eu queríamos voltar aos ristoranti romani que, há alguns anos, nos deram tanto prazer. Quanto desprazer agora!

O Gino in Trastevere, por exemplo. Simpáticos, o dono e o lugar, há 10 anos atrás, nos ofereceram um bom papo e um delicioso almoço. Agora, os antipasti não tinham gosto de nada e nos serviram o pior nhoque de nossas vidas - sem exagero. O Gino, o dono, estava lá, sorrindo amarelo.

Logo que chegamos a Roma, fomos almoçar em uma bela tratoria no Trastevere. Não estava de todo mal, e nosso entusiasmo por estarmos na cidade da qual gostamos tanto, nos fez achar tudo muito legal. Quando a Ge chamou o garçon, que era também o proprietário, para dizer que a carbonara da Enorá não estava muito boa, descobrimos que a tratoria, e o cozinheiro, eram egípcios... Resumindo: a Angela passou dois dias, da semana que estivemos em Roma, com cólicas, presa no apartamento, sem poder passear. (Nada contra os egípcios; tudo contra os vigaristas).

A deliciosa pizza, da esquina da via dei Fori Imperiali com a via Cavour, transformou-se em uma placa de massa fina e molhada (não úmida) por um molho sem gosto de nada. Oh! deus! Etc, etc, etc.

Por incrível que pareça nossa melhor refeição foi num restaurante em Gand, Bélgica. Lá comemos uma carne digna dos bons restaurantes brasileiros. Provavelmente era carne brasileira.

Azar? Complô? Sei lá...

De volta à minha cozinha e ao meu computador. Vamos lá. Atendendo a pedidos vou dar hoje a receita de mangoe chutney.

Mangoe Chutney

Ingredientes
6 mangas HADEN graúdas
1 cebola média
2 1/2 xícaras de vinagre de maçã
2 xícaras de açúcar
1/2 xícara de açúcar mascavo
2 c. de sopa de gengibre ralado
1/2 c. de chá de canela em pó
2 cravos
2 c. de sopa de uva passa escura
1 pimenta dedo de moça
sal à gosto

Modo de fazer
Descasque as mangas e pique em pedaços miúdos.
Pique bem a cebola.
Reidrate as passas com água quente.
Pique a pimenta sem as sementes.

Em uma panela, ponha o vinagre, o açúcar e o açúcar mascavo. Misture bem e leve ao fogo.
Quando o açúcar dissolver completamente, junte todos os ingredientes e misture bem.
Cozinhe em fogo baixo até obter a consistência de geléia fina.

Pode-se substituir a manga por outras frutas, como maçã, pera, cerejas, etc, mas como eu somente preparo com manga não poderia dizer se as proporções dos ingredientes
continuariam as mesmas.

Os chutneys são deliciosos para acompanhar as mais diferentes carnes.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Castanhas da Vovó Flor

*
Este será o último acepipe de Natal do qual darei a receita. Amanhã partimos para a terra do marron glacê. Uma coisa vos digo, estas castanhas são mais gostosas do que suas irmãs glacê.

Vovó Flor nunca as preparou, mas as adorava.

Ingredientes

belas castanhas portuguesas, bem escolhidas
açúcar à gosto
1 c. de sopa de erva-doce
1 pitadinha de sal

Modo de fazer

Faça um pequeno corte na casca das castanhas com uma faquinha bem afiada. Esse corte é necessário por dois motivos: para saber se os frutos estão bons, bem amarelinhos, e para que os sabores dos ingredientes sejam bem absorvidos.

Cubra as castanhas com água, numa panela de pressão. Adicione um bom punhado de açúcar (bem bom), a pitadinha de sal e a erva-doce.

Deixe cozinhar por mais ou menos 1 hora. As castanhas devem ficar muito macias e emersas em uma calda leve de açúcar.

Ai!!! Vó!!! Que saudades!!!!!!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Receitas de Novembro

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1/11/07 Pizzela

3/11 Grispelli

7/11 Sopa de knoedel
Pudim de pão

9/11 Turdido

11/11 Salada de carne
Croquete de carne

13/11 Pasteisinhos de natal

16/11 Sopa de cebola

19/11 Bolinho de bacalhau
Rabanada

23/11 Molho do Felix
Molho pesto